Você sabia que a música da geração Z vai muito além do TikTok?
Além de mera distração ou um passatempo, a música desempenha um papel significativo na vida das pessoas da geração Z, assumindo características que valem a pena ser analisadas.
Ela se torna uma ferramenta poderosa para lidar com os desafios do dia a dia, ajudar os jovens a compreenderem sua própria identidade e também estabelecer conexões com aqueles que têm gostos semelhantes.
Segundo dados do levantamento anual sobre consumo de música realizado pelo Spotify, 80% dos Zs afirmaram que escutam música para explorar os ‘diferentes lados de suas personalidades’.
Além disso, 47% afirmaram se juntar a comunidades no Discord e Reddit de seus artistas favoritos, ampliando ainda mais a relevância desse tema em suas vidas.
Pois é, gen-z é sobre música. Por isso, fizemos um estudo baseado nos dados de inteligência artificial do Winnin Insights para entender qual é a música da geração Z, ou seja, com quais conteúdos musicais ela está engajando.
Pegue o fone e vem comigo!
A música da geração Z
A geração Z é extremamente eclética em seus gostos musicais e também na maneira como se envolve com essa paixão. Ou seja, o comportamento é totalmente ao contrário de outros grupos demográficos que tendem a ser mais consistentes em relação aos gêneros musicais.
Embora tenham suas preferências e gêneros musicais mais frequentemente ouvidos, a geração Z possui uma abordagem menos rígida em relação aos rótulos e também em como se relacionam com eles.
Para descobrir qual é a “música da geração Z”, analisamos os estilos musicais mais engajados por essa geração a partir dos dados do Winnin Insights. Estes são os principais gêneros de músicas em vídeo:

Portanto, o gênero de música da geração Z é o rap e hip-hop. Sabia disso?
Menos gêneros, mais moods
Na mesma análise realizada pelo Spotify, 76% dos ouvintes dessa geração afirmaram que as músicas que escutam traçam uma narrativa de quem são enquanto seres humanos. Isso inclui histórias de vida, emoções vividas e, principalmente, mood.
O mood, pode ser facilmente traduzido como “humor, estado de espírito”. Então, a música certa para os Zs é a trilha sonora que ajuda a traduzir como estão se sentindo. Isso fica ainda mais claro nos conteúdos com que engajam. Para eles, um bom vídeo sem uma boa música não é um bom vídeo.
Inclusive, esse mesmo comportamento é percebido nas redes sociais. “Moods & gêneros” é um assunto com 2.4M de visualizações médias por vídeo e, pelo menos, 5.5M de diferentes conteúdos.
3 insights sobre a música da geração Z
Falar de música nem sempre é sobre gostar do ritmo ou não. Ou então, sobre a voz ou letra que está por trás. Essa parte da arte é feita de camadas profundas, principalmente quando analisamos pela ótica da gen-z.
Conheça os principais três insights baseados em dados que extraímos desta análise:
1. Música é debate social
Você já deve ter lido ou ouvido falar que a geração Z é evoluída. Segundo o relatório Edelman Trust Barometer 2022, 70% da gen-z diz estar envolvida com causas sociais e políticas. Não é à toa que ela pensa duas vezes antes de comprar determinados produtos.
Então, você já deve imaginar que a música da geração Z não é apenas um som. Ela acaba se tornando um instrumento de luta por uma série de bandeiras que impactam a sociedade.
Do outro lado, existem as plataformas de streaming, que se tornaram um meio acessível para descobrir, compartilhar e apoiar artistas independentes. E nessa dança, até as redes sociais estão desempenhando um papel fundamental.
Pois é, não dá para negar que os jovens estão redefinindo o modo com a música é consumida, compartilhada e debatida.
Portanto, se você está de olho em artistas que se posicionam e abraçam certas causas, vai conseguir engajar essa audiência. Vozes autênticas que lutam contra a desigualdade, o racismo, o machismo e tantas outras questões urgentes é o que a Gen-Z busca.
Ao analisarmos os interesses das pessoas da Gen-Z que curtem o hip hop, podemos notar que LGBTQIA+, equidade de gênero e questões étnico-raciais encabeçam a lista de temas mais engajados no universo de vídeo online. Fonte: Winnin Insights

2. Formatos para falar de música
A música também é uma forma de conectar essa geração. Essa realidade se confirma no Winnin Insights quando cruzamos com os tipos de vídeos preferidos dos jovens para produzir conteúdos. E esses tipos podem afirmar sua busca por validação, discussão ou apenas para se atualizar das novidades.
Mas quais são esses formatos?
- Desafios: os Zs amam colocar à prova seus conhecimentos musicais e dos seus amigos, e o formato de Desafios é perfeito para criar conteúdos super relevantes e engajados seguindo essa premissa;
- Cortes de podcast: as curiosidades e causos da vida dos artistas é prato cheio para os Zs curiosos, que engajam muito com esse tipo de conteúdo;
- Perguntas e respostas: para os Zs, o que você ouve ajuda a te definir como pessoa, então vídeos de Q&A ajudam a matar a curiosidade sobre o que escutam as pessoas no dia a dia, e se gostam dos mesmos artistas que ela;
- React: os reacts são um fenômeno das plataformas de vídeo, não seria diferente com essa audiência, que ama ver a percepção de outras pessoas sobre os artistas que acompanham.
No universo de vídeo online, o formato escolhido para transmitir a mensagem importa tanto quanto o conteúdo.
Festivais de música: catalisadores da gen-z
Música, moda, mood, aesthetic, fotografia e lifestyle. Todas essas expressões culturais ou tipos de conteúdos se fazem presentes nos grandes festivais brasileiros, o que de certa forma os fazem catalisadores de parte dos maiores interesses da geração Z.
Para colocar em perspectiva, quando comparamos a relevância do tema ‘Rock in Rio’ em termos de engajamento com outras datas extremamente importantes do calendário cultural nacional, vem a surpresa.
O evento é tão relevante quanto as demais. Isso mostra a força que os festivais têm do ponto de vista de consumo e criação de conteúdo para essa geração.

(Relevância do termo “Rock in Rio” comparado com grandes datas do calendário cultural no Winnin Insights)
Dentro do universo de festivais em um panorama global, há eventos gigantescos e com décadas de consistência, situação que se repete em um cenário nacional.
O ‘Rock In Rio’ sempre aparece com muito destaque, enquanto ‘Lollapalooza’ vem ganhando tração ao longo dos últimos anos. Ainda buscando seu espaço, ‘The Town’, iniciativa das mesmos criadores do ‘RiR’, chega com muitas credenciais e mostra bastante potencial mesmo bem antes de sua primeira edição.

Mas o que podemos esperar quando falamos de conteúdo durante esses eventos? O Winnin Insights mostra que:
a. as pessoas produzem conteúdos para falar do outfit específico para o evento
b. elas compartilham truques e macetes para tornar a experiência dos shows mais agradáveis
c. tensões sociais podem ser discutidas pelos artistas, pela produção do evento ou pelo público
d. creators estão ganhando protagonismo ao entrevistar o público devido ao conteúdo original
e. essa geração encara o show como uma experiência também
f. tudo o que acontece nos bastidores também é conteúdo que interessa essa audiência.
Os festivais de música geram oportunidades para marcas dos mais diversos segmentos aparecerem. Desde a roupa do público à volta para casa, existe espaço para abordar os mais diversos temas que se conectam com essa geração.
Mergulhe no universo da Gen-Z
Muito se fala sobre a geração queridinha das marcas. No entanto, é sempre um mistério entender o comportamento dela em diferentes ocasiões, principalmente no que diz respeito ao consumo de vídeos online.
Mas nesse estudo que você acabou de ler, pode compreender parte da mentalidade desses jovens. E este é um grande passo para a sua marca conseguir se conectar com esse público de forma autêntica e relevante, além de estar a par das principais tendências de conteúdo voltada para ele.
E por falar em tendência, preparamos um report gratuito com as tendências deste ano para a geração, principalmente no que diz respeito ao consumo de short videos no Brasil.
Esperamos que essa leitura também inspire você.