7 coisas que podem acontecer se sua agência não for data-driven

Quanto tempo você gasta produzindo vídeos que ninguém quer ver? Ninguém tem bola de cristal, mas usando uma estratégia data-driven você vai ter uma boa ideia dos conteúdos que funcionam para sua audiência.

Desde o surgimento das redes sociais, a criação de conteúdo em vídeo era totalmente voltada para o entretenimento. Quem se lembra do primeiro vídeo postado no YouTube, intitulado “Me at the zoo”?

Anos depois, as marcas entraram em cena. Agências de publicidade fizeram trabalhos incríveis. Hoje, as pessoas estão pagando para não verem anúncios. Por que isso acontece? Qual é a saída para as agências e as marcas?

Isso acontece porque o público sente que as marcas interrompem a programação, então, somente anúncios não serão o suficiente para brigar pela atenção dele. A saída é entreter a sua audiência.

Mas o que entretém as pessoas? O que elas buscam? O que as fazem passar horas diante de uma tela? Quais são os formatos de vídeos que elas mais gostam de assistir? 

A resposta para todas as perguntas está na estratégia data-driven. A criação daqui para frente precisa ser feita com a ajuda de dados, principalmente numa época em que qualquer pessoa pode ser produtora de conteúdo. Caso contrário, não vai conseguir disputar pela atenção de ninguém.

Neste artigo, você vai descobrir o que pode acontecer à sua agência se ela não adotar uma estratégia data-driven.

Mas… o que é ser data-driven? Como funciona?

Data-driven marketing é um conceito que, na maioria das vezes, vem sendo fortemente defendido pelos executivos de marketing, mas que pouco entendido por todos os times. 

Ser data-driven é tomar decisões baseadas em dados e não em intuições ou achismos. No entanto, para muita gente significa apenas ter uma função de BI no marketing, gerar estatísticas e usar isso como argumento para tomar decisões.

A verdade é que tomar decisões não é apenas sobre a parte estratégica do negócio, mas também da criativa.

Em resumo, ser data driven nos negócios é usar o poder dos dados para tomar decisões assertivas. Ser uma agência data-driven é usar os dados para ser ainda mais criativa e engajar pessoas.

De acordo com o relatório publicado pelo McKinsey Global Institute, as empresas orientadas por dados têm 23 vezes mais chances de adquirir clientes, seis vezes mais chances de reter clientes e 19 vezes mais chances de serem lucrativas.

Descubra como os dados podem e devem andar juntos em nosso bate papo com o João Pedro Paes Leme, Sócio-fundador e CEO da Play9:

7 coisas (ruins) que podem acontecer se sua agência não for data-driven

Como você pôde perceber, ser data-driven é extremamente benéfico para as agências. Isso porque permite que elas criem projetos relevantes e atraia novos clientes e parceiros. Agências data-driven são mais lucrativas.

Mas o que pode acontecer com agências que não estão atentas a essa nova realidade?

1. Deixar de ser referência

Existem muitas maneiras de medir o sucesso de uma agência de publicidade, mas uma que nunca deve ser esquecida é a capacidade de transformar dados em insights relevantes. Fato: se você não é uma agência orientada por dados, corre o risco de se tornar irrelevante. Por quê?

Porque a única maneira de você se manter competitivo e crescer de forma lucrativa dependerá de ter dados ​​que justifiquem todas as decisões — criativas ou não — que sua equipe toma. Sim, cada decisão.

2. Interromper a audiência

Depois que inventaram o “pular anúncio”, a publicidade precisou se reinventar. Em vez de criar anúncios que interrompem a programação da audiência, por que não usar os dados para entretê-las?

As agências e marcas que entenderem como fazer isso terão sucesso em suas campanhas. Um bom exemplo de quem faz isso muito bem é o Guaraná Antárctica. O canal da marca não é destinado a vender, mas sim a conversar e entreter o público.

Outra marca que também fez isso recentemente foi a Heinz. Em parceria com a distribuidora do jogo Call of Duty: Warzone, criou locais escondidos na partida para que os jogadores online pudessem fazer uma pausa para comer.

Ambas extraíram dados do Winnin e transformaram em insights criativos para entreter a audiência.

💡Você também vai gostar de ler: 5 estratégias criativas que você precisa conhecer 

3. Não perceber tendências de longo prazo

Ser data-driven é perceber tendências de longo prazo, ou seja, aquelas que podem ser tornar parte da cultura das pessoas.

Um exemplo disso aconteceu com o Burguer King. Após analisar dados, percebeu-se que as pessoas estavam falando muito sobre alimentação mais saudável, sem conservantes e todo o universo fit. 

Mas como isso seria possível para uma rede de fast food, em que a alimentação não é nada saudável?

Um dos pontos altos da conversa entre os consumidores era que o lanche não se decompõe devido à alta quantidade de conservantes. Foi então que a marca passou por uma reformulação e removeu os conservantes da receita. 

Ou seja, perceber tendências de longo prazo podem ajudar sua agência a se tornar cada vez mais competitiva no mercado.

4. Não descobrir as principais trends do momento

Além de não perceber as tendências de longo prazo, uma agência que não adota uma estratégia data-driven também pode perder o que está acontecendo no momento.

Quando você olha para os dados, percebe oportunidades que podem ser aproveitadas para a marca. 

Quantas marcas ganharam destaque nos últimos anos porque conseguiram entrar na conversa dos consumidores? Isso só aconteceu porque elas estavam de olho no momento atual também.

O Twitter faz isso muito bem em mostrar os assuntos mais relevantes do momento. Mas quando se trata de vídeos, o Winnin Insights é a única ferramenta que mostra tudo o que está acontecendo nas principais plataformas.

5. Perder oportunidades com criadores de conteúdo relevantes

Encontrar novos criadores e influenciadores é uma tarefa desafiadora para as agências e marcas. Para ter sucesso nesta busca, é inevitável analisar dados de engajamento como:

  • Alcance das publicações;
  • Impressões dos principais conteúdos;
  • Número de curtidas;
  • Comentários nas publicações;
  • Compartilhamentos;
  • Posts salvos pelo público;
  • Taxa de conversão.

Por isso, se você não fizer parte de uma gência data-driven, suas escolhas podem ser enviesadas. Se não usar dados em projetos como este, não saberá quais formatos e conteúdos são mais relevantes.

Se a sua escolha é totalmente baseada em fama ou métricas de vaidade, você estará perdendo a oportunidade de trabalhar com criadores que são a cara da audiência que pretende atingir.

6. Gastar tempo e dinheiro

Bruno Brux, sócio da GUT São Paulo compartilhou uma experiência quando a agência fez uma campanha para a Skol.

Entre briefings e protótipos, tiveram a ideia de construir um “sunbrella”, um guarda sol de praia que capta a luz do sol. Quando o sol se põe, ele acende e você consegue continuar uma hora a mais na praia. Ideia genial, não é mesmo?

Para contar essa história para o público, pensaram em um filme. Durante a filmagem, uma das criativas filmou um drone passando em volta do sunbrella à noite e fez um GIF. Apenas isso.

Depois de tudo pronto, ao receber os dados de engajamento, descobriram que o público não estava assistindo ao vídeo. No entanto, o GIF foi o conteúdo que mais deu resultado. Sim, um GIF que durou menos de 10 segundos.

Brux conta que se tivessem olhado para os dados antes e percebido que o engajamento de GIFs era tão alto, não teriam investido tanto tempo — que também é dinheiro — produzindo um filme.

Ser data-driven vale a pena ou não?

Conheça mais detalhes da história neste bate papo do Bruno Brux com Gian Martinez, CEO da Winnin:

7. Perder relevância no mercado

Existe coisa pior do que perder a relevância? Ignorar a estratégia orientada a dados pode causar isso para sua agência.

Muitas agências trabalham no piloto, usando apenas a criatividade sem o auxílio dos dados. Usá-los para tomar decisões é ter muitas campanhas de sucesso em seu portfólio, é ganhar relevância no mercado e atrair cada vez mais clientes.

Responda: pelo que você quer que sua agência seja conhecida?

Não ignore os dados, seja data-driven

Uma cultura data-driven não é implementada do dia para a noite, mas você pode começar a estruturar essa estratégia ainda hoje. 

  • Leve os dados para as discussões com os times criativos diariamente. Mas não torne isso um fardo;
  • Não deixe que apenas algumas áreas da agência seja responsável pelos dados;
  • Ensine aos times que trabalhos orientados por dados podem poupar muito tempo e esforço, além de direcionar a criatividade;
  • Use dados para planejar os próximos passos e, inclusive, descobrir tendências de longo prazo;
  • Por último, vença o ímpeto de criar algo genial baseado somente em achismos. Se os dados apontarem para o básico, faça o básico bem-feito.

Você ainda vai insistir em não ser data-driven?


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *